Avançam para a fase final obras da ETE que vai tratar 100% do esgoto de Itaúna e beneficiar Igaratinga e Pará de Minas

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Já está em fase final de conclusão as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Itaúna, que vai tratar 100% do esgoto do município e da população de outras cidades banhadas pelo Rio São João, como Igaratinga e Pará de Minas.
A obra começou há cerca de cinco anos e é administrada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Segundo a autarquia, além do tratamento do esgoto, foi feita instalação de reatores anaeróbios de manta de lodo, filtros biológicos, decantador, leito de secagem, elevatória, tratamento ultravioleta e urbanização.
O Prefeito de Itaúna, Neider Moreira de Faria, ressalta que a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade deverá ser inaugurada no mais tardar até junho de 2023:

Custeio da obra
Um convênio assinado pela Prefeitura de Itaúna e o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades entre os anos de 2014 e 2015, garantiu cerca de R$ 15 milhões para início das obras. Posteriormente, em 2017, foi aprovado pela Câmara a abertura de crédito especial de R$ 12 milhões para a conclusão da estrutura. Segundo informações da Prefeitura de Itaúna, custo final da obra gira em torno de R$ 45 milhões.
Segundo a Prefeitura, atualmente todo o esgoto coletado é depositado no Rio São João. Com a conclusão da ETE, o município devolverá água despoluída para o rio, beneficiando também as cidades de Igaratinga e Pará de Minas.
Tratamento do esgoto
De acordo com o Saae, quando estiver em operação a ETE irá tratar o esgoto em três fases:
-Tratamento preliminar, onde o objetivo é remoção de sólidos grosseiros e areia;
-Tratamento secundário, momento em que há remoção de matéria orgânica;
-Tratamento terciário, onde ocorre a eliminação de patógenos.
O tratamento secundário é o que ocupa maior espaço na estação com um sistema combinado que vai remover aproximadamente 90% de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) do esgoto, ou seja, remoção da matéria orgânica.
As estruturas e os equipamentos garantirão o tratamento de 219 litros de efluentes por segundo, vazão estimada de acordo com o número de habitantes de Itaúna, que segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de quase 100 mil.