






Após decretar situação de emergência em saúde pública, em 16 de maio, o município de Pará de Minas superou o pico de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que lotou a UPA 24H. A unidade, que tem o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) como parceiro, chegou a registrar 481 atendimentos em um único dia, quase o dobro da média habitual (260–280).
O cenário crítico, impulsionado por um aumento fora do comum de bronquiolite em crianças e infecções em idosos, levou à adoção de medidas emergenciais, como leitos respiratórios exclusivos no Hospital Nossa Senhora da Conceição, contratação imediata de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para a UPA, além de três Unidades Sentinelas, que realizaram quase 1.500 atendimentos em quatro semanas.
Além disso, foi feita uma triagem respiratória separada na UPA, permitindo que pacientes com sintomas respiratórios fossem atendidos diretamente por um profissional de saúde, reduzindo o tempo de espera e minimizando o risco de contágio em ambientes comuns.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro Valadares, as ações surtiram efeito e a situação começou a se estabilizar nessas últimas semanas. “A curva de casos graves caiu significativamente. A descentralização do atendimento, aliada à triagem específica para síndromes respiratórias, foi decisiva para evitar um colapso no sistema”, afirmou.
Para o diretor administrativo do INTS em Minas Gerais, Wagner Magesty, o enfrentamento de crises assim mostra a importância de parcerias sólidas na gestão da saúde pública. A união de esforços favorece a agilidade da prestação de serviços, mesmo diante de uma sobrecarga, garantindo atendimento com responsabilidade e acolhimento. As ações emergenciais continuam em andamento enquanto os indicadores de saúde são monitorados.