Diagnóstico precoce e autocuidado foram as principais mensagens do Dia Nacional do Diabetes

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Acesso aos cuidados de saúde é essencial para a boa qualidade de vida de quem tem diabetes

“Muito mais que uma data no calendário da saúde. É um reforço no alerta a uma das doenças mais perigosas do mundo”. Foi assim que Lidiane da Silva Andrade, coordenadora do Programa Hiperdia em Pará de Minas (MG), definiu o Dia Nacional do Diabetes, lembrado no último 26 de junho.

Mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, parceira do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), o programa é gerenciado no Complexo de Saúde do bairro Senador Valadares, composto pela UPA 24H e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME).

Os pacientes diabéticos recebem todo o acompanhamento que o quadro exige, incluindo exames periódicos, medicamentos prescritos por médicos e apoio da equipe multidisciplinar, constituída por nutricionista, endocrinologista, psicólogo e educador físico, dentre outros profissionais.

Lidiane se mostra preocupada com a realidade nacional, uma vez que o Brasil é o sexto país do mundo com pessoas diabéticas, ou seja, cerca de 20 milhões. Muitas delas só percebem a doença quando ela está avançada.

Já o diagnóstico de Pará de Minas revela um contingente de 9.663 diabéticos, sendo que 1.360 são insulino-dependentes, enquanto a maioria faz o controle com medicamentos.

A mobilização permanente da Secretaria de Saúde também tem origem nas internações hospitalares registradas no município. Segundo dados oficiais, o diabetes e suas complicações foi a sexta maior causa entre os anos de 2021 e 2024.

“Às vezes, o paciente só descobre a doença por meio de uma consulta de rotina. Outros recebem a notícia já na fase aguda, daí a necessidade de mantermos o alto nível do programa e divulgarmos o assunto sempre que possível. Esta oportunidade que o INTS está nos oferecendo agora, por exemplo, é importante demais”, diz ela.

Existem caminhos possíveis

Diabetes não tem cura, mas tem tratamento e ele começa com o autocuidado e a monitoração constante do paciente.  Esse cenário só é possível a partir de uma combinação de hábitos saudáveis, recomendados pelo Ministério da Saúde, entre os quais se destacam:

Alimentação: devem ser priorizados alimentos naturais, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Açúcares refinados e alimentos processados devem ser evitados.

Exercícios físicos: a atividade física ajuda o corpo a utilizar a glicose de forma mais eficiente, melhorando a sensibilidade à insulina e contribuindo para o controle do peso. A recomendação geral é de pelo menos 2 horas e meia de atividade moderada por semana.

Acompanhamento médico: consultas regulares com uma equipe de saúde são essenciais para monitorar os níveis de glicose, ajustar medicamentos e prevenir complicações.